Com a chegada do inverno, os governantes do Estado de São Paulo têm um destino certo para aproveitar o frio e o agito numa das estações mais gostosas do ano. O refúgio na montanha fica em um castelo de 105 cômodos na Serra da Mantiqueira, trata-se do Palácio Boa Vista, residencial oficial dos governantes do Estado em Campos do Jordão. 

 

Neste final de semana, Geraldo Alckmin (PSDB) inaugurou a temporada de inverno no local. O tucano participou da abertura do Festival Internacional de Música Clásica Erudita de Campos do Jordão.

  

 

Enquanto passeia pelos jardins da residência de inverno, Alckmin poderá encontrar visitantes curiosos para compartilhar de detalhes de sua vida politica. Parte do Palácio do Governo funciona como museu de artes e é aberta para visitação o ano inteiro.

O quarto oficial dos governadores foi montado pelo então governador Adhemar de Barros, quando inaugurou o Palácio Boa Vista em 1964. Na gestão anterior (2001-06), Alckmin e a esposa costumavam levar os três filhos nos fins de semana, e a primeira-dama organizava missas aos domingos na capela projetada por Paulo Mendes da Rocha. Neste ano, o palácio foi escolhido para uma fuga da capital logo depois da posse.

 

Costumes

 

O ex-governador José Serra (PSDB) preferia dormir em um cômodo no térreo, ao lado da sala de estar com lareira e TV de plasma. Segundo conhecedores da rotina do palácio, Serra (2007-10) foi o governador mais assíduo. Inverno ou não, viajava para Campos do Jordão. Ajustou, inclusive, um quarto para o neto.
 

Seu vice e sucessor, Alberto Goldman (PSDB), ficou só nove meses no cargo, mas aproveitou os confortos do local. Passava horas no salão nobre do palácio tocando piano, um de seus hobbies.
 

Os Presidentes têm um quarto próprio, com uma cama vinda da França de 2,40 metros de comprimento. Na visita, feita por 7 mil turistas em junho, a monitora conta que o ex-presidente que mais deitou naquela cama foi Fernando Henrique Cardoso. Ele já se hospedou no Palácio 12 vezes. Lula recebeu convite, mas nunca veio, por motivos de agenda lotada.